Paranapiacaba, entre trilhos e trilhas

15/05/2019 | 0

Nós moramos na Capital de São Paulo e perto da cidade tem vários atrativos que podemos tanto fazer um bate e volta como passar um final de semana.

Nessa matéria falaremos da curiosa cidade de Paranapiacaba. Mas por que curiosa? Gente, é muito interessante esse lugar, parece saído de um filme de velho oeste, pois por estar próxima da vegetação da Serra do Mar e o Oceano Atlântico estar tão perto, sopra nuvens carregadas de chuva e muita umidade para a cidade, o que faz uma neblina danada e chove bastante. Mas não tira em nada o brilho dessa cidade tão cheia de atrativos. Curiosidade: o nome Paranapiacaba significa “Lugar de onde se vê o mar”, pois fica bem no limite do planalto, onde a Serra do Mar começa.

A cidade, chamada de Vila Inglesa por ter sido colonizada pelos Ingleses, pertence ao Município de Santo André e fica a aproximadamente 60 km de São Paulo. O acesso é tranquilo, feito pela Anchieta e Serra do Mar, mas tem bastante radar o que faz com que a viagem seja lenta e demore por volta de uma hora e meia para chegar. Isso tanto de carro quanto de trem, o tempo é praticamente o mesmo. O “Expresso Turístico” para Paranapiacaba sai da Estação Luz em SP, mas tem que comprar antes pois esgota rápido (http://www.cptm.sp.gov.br). Quando voltarmos será de trem, pois dizem ser uma delícia de passeio.

A cidade de Paranapiacaba começou a ser construída em 1896 para servir de moradia aos funcionários da companhia inglesa de trens São Paulo Railway, companhia que operava as estradas de ferro que realizavam o transporte de cargas e pessoas do interior paulista para o porto de Santos e vice-versa. Também era o centro de controle operacional da ferrovia. Hoje em dia é uma cidade tombada pelo Patrimônio Histórico, onde podemos ver um pouco dessa história através dos museus e das coisas antigas que ainda permanecem lá para turistas.

Como a cidade fica na Serra do Mar, hoje em dia além da parte histórica, a cidade é muito procurada pelas várias trilhas, curtas ou longas em lugares praticamente intocados. Uma outra curiosidade da cidade é a fartura da
fruto Cambuci, que era utilizado na culinária pelos moradores locais e hoje em dia passou a ser explorado mais como um produto turístico. Os moradores de Paranapiacaba utilizam o Cambuci para elaborar receitas como geleias, sorvetes, sucos, licores, maceração em bebidas alcoólicas, mousse e bolo.

Bom, vamos falar do nosso passeio pela cidade…..fomos primeiramente para fazer trilha e depois fomos conhecer alguns pontos turísticos bem interessantes. A cidade é dividade em parte alta onde estão as construções mais novas e parte baixa onde fica a vila onde tem a parte histórica da cidade.

São várias as trilhas através do Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba, mas não tem como fazer todas num dia só né gente….haja perna…rsrs….no nosso passeio optamos por favor a “Trilha do Poço Formoso” e a do Núcleo Olho d´Água.

Quando a gente chega na parte alta da cidade logo avista a Igreja Senhor Bom Jesus de Paranapiacaba, uma igreja católica fundada em 1884 onde ao seu redor moravam comerciantes e prestadores de serviços para os funcionários da ferrovia. Aqui foi o ponto de encontro para o grupo que nos levou para a primeira trilha do Poço Formoso.


Bom gente, a trilha do Poço Formoso até que é tranquila, mais ou menos 7 km em meio a mata super preservada, por isso tem que andar com cuidado. No caminho vamos encontrando vários tipos de vegetação e flores é muito lindo!

Agora grata foi nossa surpresa ao chegar no final da trilha e nos deparar com as lindas piscinas naturais e cascatas…..é óbvio que pulamos na água e nos divertimos. Super vale a pena fazer essa trilha. Claro que voltaremos para fazer outra em breve!!

Quando voltamos da trilha, fomos para a parte baixa da cidade para almoçar e conhecer um pouco mais da vila. Nosso almoço foi no restaurante da Zilda, que foi o primeiro que encontramos depois da passarela que atravessa a linha do trem. Pedimos uma costela com acompanhamentos que estava uma delícia!!! A comida é bem servida, um prato deu para 3 pessoas comerem bem por R$ 100,00.

Depois fomos andar pela vila e conhecer alguns dos pontos turísticos. Nossa primeira parada foi num galpão onde antigamente era o mercado da vila e hoje tem uma feira de produtos artesanais, principalmente feitos com Cambuci.

Depois fomos ver o famoso “Locobrec”, que funcionava assim: quando subia a Serra do Mar ele “empurrava” os vagões, que ficavam na frente da máquina. Quando descia, ele segurava os vagões, que ficavam atrás da máquina. Louco né?? O legal é que está num ponto onde a gente pode chegar pertinho para tirar foto, coisa que a gente mais ama fazer né gente!!!

Daí tem outra coisa bem interessante também que é o “Viradouro” que funcionava assim: como o trem não tinha marcha-ré, havia um sistema através do qual os funcionários invertiam o sentido da locomotiva, empurrando a máquina em torno de si mesma.

Depois fomos ver a “garagem” das locomotivas, que é na verdade a estação de onde chega e parte o trem que vem de São Paulo. Parece que estão aos poucos restaurando tudo, esperamos que consigam proteger um pouco desse patrimônio histórico do Brasil.

Bom, como ainda tínhamos um tempinho, fomos fazer uma trilha leve que sai ali mesmo da parte baixa para conhecer a Núcleo do Olho d’água, que é o centro da distribuição de água de Paranapiacaba. Seus reservatórios, construídos no final do Século XIX, para abastecerem as máquinas a vapor, funcionam perfeitamente até hoje e levam as águas das nascentes da serra para a maior parte das casas da Vila histórica de Paranapiacaba. A trilha é bem suave e segura, com muita natureza ao redor.

Quando a gente chega no núcleo tem a agradável surpresa de ver uma nascente de água cristalina e uma bela paisagem cheia de natureza ao redor. Vale super a pena, os guias são ótimos e vão contando um pouco da história pelo caminho.

Caminhar pelas vielas de Paranapiacaba, cercadas por casas que remetem a uma atmosfera britânica, é um dos passeios mais agradáveis para os turistas, ficamos encantadas com as construções ainda preservadas e também com algumas ruínas que vimos pelo caminho. A maioria das construções é feita em pinho de riga, madeira nobre originária do Leste Europeu. Vale a pena passear e tirar belas fotos.

Teremos que voltar em outra oportunidade, pois ainda tem muitas coisas para se fazer que não tivemos como conhecer, pois começou a chover e a neblina ficou muito densa, mas que valem muito a pena, por isso mesmo que sem fotos, vamos deixar um resuminho aqui para vocês:

Museu Ferroviário Funicular

Nesse museu ficam em exibição os trens da São Paulo Railway Company
e vagões que foram usados no período imperial para transportar D. Pedro II. Também estão expostos diversos objetos de uso ferroviário, fotos e fichas funcionais de muitos ex-funcionários da ferrovia.
Além disso, de lá sai um trenzinho que passa pelos principais pontos turísticos da cidade. O valor da visita ao museu é R$ 5 e o passeio sai por R$ 15.

Club União Lira Serrano

Em 1903, foram construídos dois clubes em Paranapiacaba: o Serrano Futebol Clube (voltado para o futebol) e o Lyra da Serra (para as artes), os quais anos depois deram origem ao Clube União Lyra Serrano, sede de óperas, exibições de filmes, bailes de máscaras e peças de teatro. O prédio de madeira ainda hoje é utilizado para eventos culturais e sociais na vila, entre eles o Festival de Inverno (muito recomendado) e a Feira Literária. Além disso tem um espaço que guarda registros históricos e troféus do Serrano Atlético Clube, time formado por trabalhadores ingleses e brasileiros da ferrovia.

Museu Castelo

Localizado no alto de uma colina, com uma vista privilegiada para toda a vila ferroviária, foi construída por volta de 1897 para ser a residência do engenheiro-chefe, que gerenciava o tráfego de trens na subida e descida da Serra do Mar, o pátio de manobras, as oficinas e os funcionários residentes na vila. O museu é um belo casarão que possuí um acervo da rede ferroviária, relógios e móveis antigos que remetem ao início do século. A visita guiada pela casa custa cerca de R$ 3.
Dizem que tem uma trilha “escondida”, que sai do casarão e leva o visitante pelo meio do mato até os antigos galpões dos trens, no pé da montanha. Preciso mesmo voltar para ver isso tudo de perto, pois quando fomos estava fechado para obras.

Relógio da Estação ou Relógio da Torre

O cartão-postal de Paranapiacaba é o Relógio da Torre, que foi construído para regular os horários de saída dos trens para que os operários e imigrantes que viviam na vila não perdessem a hora de trabalho. Ele foi construído nos moldes do Big Ben de Londres e foi o único monumento que restou da antiga estação ferroviária de Paranapiacaba depois do incêndio de 1981.

As antigas estradas férreas que foram tão importantes no transporte de café para o porto de Santos, hoje são um delicioso e até nostálgico passeio turístico nos arredores de São Paulo, sendo a única vila ferroviária com resquícios do estilo inglês preservada do Brasil. Passeio super recomendado!!!

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Beijinhos

Escrito com carinho por
vivendoavida

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